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Comemoração do 30° Aniversário do Curso.

Conversaremos em duas apresentações ao vivo sobre o tema "CCM do Passado, Presente e Futuro" nas manhãs dos dias 09 e 10 de Agosto.

Programação

09 de Agosto das 09:50 às 12:25

Horário Mediador O início do CCM
09:50 - 10:00 Abertura: Merari F. R. Ferrari
10:00 - 10:20 Erney Plassmann Camargo
10:20 - 10:40 Carlos Alberto Dantas
10:40 - 11:00 Henrique Fleming
11:00 - 11:10 Lucile Maria Floeter-Winter Tie Koide
11:10 - 11:20 Antonio Cândido C. Guimarães
11:20 - 11:30 Roberto Slepetys
11:30 - 11:45 Perguntas
11:45 - 12:25 Antônio Martins Figueiredo Neto Entrega dos diplomas CMPLOMA pelo Pró-Reitor Edmund Chada Baracat aos professores Roberto Leal Lobo e Silva Filho, Erney Plassmann Camargo e Hernan Chaimovich Guralnik

10 de Agosto das 09:50 às 12:00

Horário Mediador O presente do CCM O futuro do CCM
09:50 - 10:00 Abertura: Merari F. R. Ferrari
10:00 - 10:15 Lucas C. V. Rodrigues (IQ)
10:15 - 10:30 Fábio A. Tal Nelson Mugayar Kuhl (IME)
10:30 - 10:45 Paulo A. Nussensveig (IF)
10:45 - 11:00 Marie-Anne van Sluys (IB)
11:00 - 11:55 Antônio Martins Figueiredo Neto
Mesa: 10 minutos por pessoa
Alicia Kowaltowski, Renato Vicente, Fábio Rodrigues, Andressa Fernandes Mathias, Ramon V. dos Santos.
11:55 - 12:00 Encerramento: Merari F. R. Ferrari

Depoimentos

Para comemorar os 30 anos do Curso de Ciências Moleculares, recolhemos alguns depoimentos de ex-estudantes sobre sua visão e sobre o impacto do CM na sua formação.
  1. Por que você optou por cursar o CM?
  2. Quais as suas expectativas sobre o CM quando resolveu cursá-lo?
  3. Essas expectativas foram atingidas? Explique.
  4. O CM mudou a sua vida?
Turma 1 • 1991
  1. Quando li o anúncio do curso no Jornal da USP, achei muito interessante, pois me pareceu ir além de cada área específica da ciência. Eu tinha recém entrado no curso de Farmácia, já pensando em química na área de saúde. Quando vi que o curso daria subsídios nas áreas de exatas também, me enxerguei nele.
  2. Minha expectativa era me tornar uma cientista de projeção internacional.
  3. Foram em parte, inclusive porque eles foram mudando ao longo do tempo. Fiz doutorado e pós-doutorado. Considero que tenho uma formação muito sólida e abrangente. Mas, no caminho, fui infectada pelo vírus da educação e hoje minha maior contribuição é no papel de professora de Fisiologia. Participo de alguns poucos projetos, mas os tenho como atividade secundária. Sinto-me realizada na atividade profissional e o CM contribuiu muito para isto.
  4. Não acredito que tenha outro curso capaz de desenvolver o aprender a aprender como o CM. O Curso ignora as barreiras entre as áreas do conhecimento científico e faz seus alunos alcançarem dimensões do conhecimento que superam o conhecimento de uma parte. Isso dá uma sensação de liberdade do saber e do pensar que não acredito que alcançaria em outro curso. Por outro lado, por não ter uma atribuição profissional específica, leva a insegurança, principalmente no início de carreira. Mas o tempo tem mostrado que cada egresso do CM têm construído sua história de conquista e sucesso de forma diversificada e colaborativa!!! Valeu cada suor derramado durante o curso!!!
  1. Não me lembro bem como descobri que a USP iria criar o CECM. Mas nessa época eu já trabalhava no laboratório da Beatriz Fernandez/Ana Clara Schemberg no ICB onde tinha começado a trabalhar ainda cursando o colegial depois de ter lido o livro de engenharia genética escrito pelo chefe do laboratório de lá que não me lembro mais o nome. Isso foi lá por 1988. Sempre tive clara a ideia da interdisciplinaridade. Terminei entrando na USP em Química mas com a certeza absoluta que era para fazer parte da turma 1 do CECM depois de ir falar com o Hernan na época sobre o curso. Até apareci em entrevistas de jornais na época que falavam da criação do curso.
  2. Minhas expectativas na época ao cursar o CECM eram de virar professor. Também tinha expectativa de mudar o mundo e ganhar pelo menos um prêmio Nobel.
  3. Em 2020 alcancei o nível de professor titular na universidade de Montreal. Primeira meta cumprida. Os dois últimos ainda não logrei. De mudar o mundo perdi a esperança. E de ganhar o Nobel, perdi a ambição. Minhas expectativas agora são de dar a melhor formação possível a meus estudantes para que eles cheguem mais longe do que poderiam antes de me conhecer, fazer a melhor ciência possível com os recursos que tenho disponíveis e continuar me divertindo no processo seguindo onde minha curiosidade me mande.
  4. Não posso dizer sem um controle. Imagino que sim, mas não posso dizer categoricamente. Eu aqui tenho 2 estudantes de doutorado Brasileiros formados pelo CECM no meu grupo e quando estava os buscando sabia que podia confiar na formação sólida que qualquer estudante formado pelo CECM teria e não errei.
  1. Porque tinha curiosidade sobretudo e achava que não fazia sentido estudar as coisas em gavetas separadas.
  2. Era uma aventura. Não sabia muito bem onde ia dar. Era algo que íamos construindo.
  3. Foi uma experiência transformadora. Acho que as expectativas foram superadas.
  4. Sim.
Turma 2 • 1992
  1. Me senti atraído pela amplitude da proposta e possibilidades. Ambição intelectual.
  2. Expectativa de aprender muito, poder me tornar um cientista.
  3. Foram. Segui um caminho acadêmico mais ou menos tradicional, mas a formação multidisciplinar, o espírito do CM, ainda se manifestam vez ou outra.
  4. Certamente. Até me casei com uma colega de turma!
  1. O CECM (na época ainda tinha E) era o curso que mais se aproximava de um ideal de estudar ciências naturais, o que era meu desejo como estudante de 2° grau. O fato de ser um curso da USP foi importante pois endossava a qualidade, a qual antes da opção final tive a oportunidade de conversar com o Prof. Chaimovick ainda enquanto cursava o 2° grau, o qual me explicou a ambição do curso e reforçou minha escolha.
  2. Ainda como estudante de 2° grau, tinha uma visão bastante limitada e até romântica sobre a vida de cientista, o qual no Brasil (na época - espero que tenha mudado) era também quase sempre sinônimo de vida acadêmica, o que vim a descobrir no decorrer do curso.

    Com a cabeça de estudante de 2° grau quando efetuei a escolha, e ao decorrer do curso, minha expectativa sempre foi de ter a melhor educação possível nas áreas constitucionais das ciências naturais, com ferramental robusto (matemática, ciências da computação e filosofia) e principalmente entender a continuidade entre os campos de ciências naturais sem compartimentalização.

    Além da aquisição de novos conhecimentos, fui muito atraído pela possibilidade de iniciações científicas continuadas, e currículo customizado com orientação de tutor a partir do 3° ano. Na época gostei muito dos ciclos quadrimestrais, possibilitando um volume de matérias robusto no ciclo básico.

    Tinha também como expectativa, aprender mais sobre as opções de carreiras e caminhos para a vida de profissional de cientista de forma sistemática como parte do curso.
  3. A parte acadêmica de forma completa, me capacitando não somente com o conhecimento adquirido, como com ferramentas que me permitem um aprendizado continuado sobre pilares bem sólidos.

    A iniciação científica ficou aquém, apesar de ter tido experiências em laboratórios de Bio-inorgânica, BioMol e Físico-Química, faltou amarrar os aprendizados, o que ficou a cargo do tutor. Tive um ótimo tutor: Prof. Piza, mas a impressão que tive é que não havia um processo estruturado de discussão entre os tutores focado nos alunos, no qual seriam discutidos o estágio de cada um e oportunidades.

    Acho que o CECM, na época, tinha como premissa uma maturidade dos alunos, que não correspondia completamente a realidade, carecendo de uma transição entre pedagogia para andragogia com o ferramental de ensino que também mudava ao mesmo tempo. Era uma tarefa bem difícil!

    Hoje, com minha experiência profissional, posso afirmar com convicção que existe um gap muito importante no curso (daquela época). O curso não forneceu aos alunos informações robustas sobre as opções profissionais possíveis de forma sistemática. Pelas características do curso, teria sido muito importante uma exposição ampla sobre o que é a carreia do cientista no meio acadêmico, no Brasil, e em outros países, com a maior transparência e profundidade possível, explicando desde quais as etapas pós bacharelado de educação necessária, quais os mecanismos de financiamento de pesquisa, remuneração esperada, demanda profissional, empregadores, etc.

    Também muito importante fornecer informações sobre as oportunidades profissionais fora da vida acadêmica cobrindo implicações e requisitos, por exemplo: Indústria Farmacêutica, Indústria Petroquímica, Eletrônica, etc. Também fez muita falta um módulo, mesmo que curto, sobre propriedade intelectual e legislação/acordos internacionais envolvendo invenção, empreendedorismo focado em tradução de ciência em tecnologia.

    Dentro do conteúdo acadêmico original, acredito que enfoque matemático foi exageradamente "puro" faltando um enfoque em estatística aplicada, principalmente em inferência. Na época, a estatística foi limitada a descritiva. Esta foi um gap importante, que hoje seria ainda pior se não foi mudado devido aos métodos computacionais baseados em estatística bayesiana e inferente.

    Filosofia foi muito importante, espero que tenha continuado. Porém, seguiu o mesmo enfoque matemático, exageradamente "puro". A filosofia instrumentou um olhar crítico sobre a álgebra e lógica, mas apesar deste conteúdo ser muito importante e recomendo continuar, deveria ter instrumentalizado em inferência, cobrindo temas como o papel de mecanística em ciência, reprodução, limitação, e obviamente faltou Utilitarismo, Ética em pesquisa, a qual deveria minimamente cobrir um pouco de pesquisa clínica e processos legais e institucionais envolvendo ética de pesquisa clínica: IRBs, comitês, data privacy, etc...
  4. Sem dúvida, apesar de ter seguido um caminho não acadêmico, inclusive tendo estudado engenharia química depois. O CECM foi uma escolha ótima na minha opinião, me equipando de forma robusta em todo meu percurso profissional e intelectual.
Turma 5 • 1995
  1. Quando estava na faculdade tinha a vontade de fazer pesquisa, trabalhar com isso, mas não tinha claramente ainda a ideia de qual curso poderia me oferecer essa possibilidade de maneira ampla. A mãe de uma amiga (Ana Clara Schenberg) trabalhava na USP e sabendo do meu interesse me disse que havia esse "curso novo" de Ciências Moleculares. Eu procurei onde era e fui conhecer o CM nos Favos. Conversei com alguns alunos (turma 3 e 4) e fiquei muito interessada. Prestei o vestibular já com a intenção de fazer a prova do CM depois.
  2. Queria ter uma boa base das matérias no geral por 2 razões: primeiro pois ainda não sabia em que área gostaria de atuar em minhas pesquisas e segundo pois achava que muitas áreas eram correlatas e que deveria entender ao menos o básico de algumas para poder atuar em outras. Também achava que o CM dava status (além de ser USP, era um curso difícil, exigente, puxado).
  3. Sim, todas as minhas expectativas foram atingidas e mais um pouco. Além da base muito boa das matérias que tive, adorei o ciclo avançado, publiquei trabalho de pesquisa, até hoje tenho muito orgulho de dizer que sou formada em Ciências Moleculares, fui aceita em Mestrados em outros lugares do mundo com essa graduação (inclusive em áreas que não eram relacionadas, como Psicologia e Economia). Além disso, o CM me ensinou inúmeras coisas além da parte acadêmica, estimulou minha criatividade e curiosidade, desenvolveu minha capacidade de resolver problemas complexos, me colocou sempre à frente no uso da tecnologia, me ajudou a desenvolver a habilidade de lidar e contribuir com pessoas ao redor do mundo todo (quando ainda nem se usava muito a internet como hoje), treinou meu cérebro para a lógica (e isso sempre me destacou dos demais em inúmeros lugares), estimulou minha iniciativa e proatividade, de ir atrás das coisas, de descobrir como fazer, como fazer funcionar, e também me deu um olhar crítico para todo tipo de coisa que leio, assisto, escuto, analiso, além de me ensinar a trabalhar muito organizadamente, seguindo e construindo processos eficientes.
  4. O CM mudou minha vida demais. Não consigo me imaginar tendo feito outra graduação. Minha essência hoje, mesmo não trabalhando mais com pesquisa nas áreas estudadas, está intimamente ligada ao CM por tudo que aprendi, como citei acima. Tenho muito orgulho de ter feito parte da turma 5, tenho excelentes memórias dessa época, um carinho enorme pelas pessoas que conheci, entre colegas e docentes, e sou reconhecida por ter uma capacidade acima da média em exercer várias atividades e entregar resultados, o que me permitiu também ser muito bem remunerada.
Turma 8 • 1998
  1. A possibilidade de fazer ciência multidisciplinar, voltada para pesquisa
  2. Um ambiente acadêmico mais voltado para pesquisa, para de fato entender o que acontece em oposição a uma abordagem mais "faz a disciplina para se formar logo" encontrada em cursos mais profissionalizantes
  3. Sim. O ambiente acadêmico do CM foi propício a formação científica com bases fortes, voltada para a reflexão e pensamento crítico.
  4. Sim. permitiu a inserção no ambiente científico num momento importante da formação acadêmica, sem ter que "esperar fazer créditos", o que propiciou imersão desde o início da graduação em pesquisas científicas que foram a base da minha formação e da linha de pesquisa que sigo até hoje.
Turma 9 • 1999
  1. A principal razão: por ser um curso capaz de oferecer uma formação multidisciplinar e ampla. Razões secundárias: pela possibilidade de ter uma ótima formação (baseada nos melhores conteúdos de cada disciplina) e acesso à docentes de excelência e alunos/colegas dedicados.
  2. De receber uma formação diferenciada, multidisciplinar e ampla (essa resposta tem uma relação grande com a anterior).
  3. Super! Graças a formação recebida no CM eu conseguir me estabelecer e trilhar minha carreira na área de bioinformática (biologia computacional).
  4. Sim, para melhor. Foi a base sólida para a minha vida profissional, além de ótimas oportunidades para o meu crescimento e "amadurecimento" pessoal.
Turma 10 • 2000
  1. O que me fez escolher o CM foi sua proposta interdisciplinar. Na época do vestibular eu estava indecisa entre jornalismo, cinema e física (pois é...) e acabei me encantando com a visão de que o aprendizado da ciência não precisa de tantas separações - saber um pouco de cada disciplina cria pontes no conhecimento e acelera novas ideias.
  2. Não sei dizer o que eu esperava do curso na época. Tinha um pouco de medo de não dar conta no início e depois a dúvida sobre o projeto do avançado. No fim eu percebi que não queria seguir a carreira acadêmica - mas não teria descoberto isso sem viver essa experiência.
  3. O impacto do CM na minha vida é enorme. Mesmo tendo uma carreira totalmente inesperada para alguém com essa formação - trabalho com experiência de uso para produtos digitais, tive minha empresa por 10 anos - ser formada em Ciências Moleculares é parte da minha identidade. Muito da minha forma de pensar, formular hipóteses e resolver problemas vem daí. Isso sem falar que contar dessa formação é uma ótima maneira de despertar a curiosidade das pessoas no início de uma conversa.
  1. Na verdade, nunca foi minha intenção prestar CM quando entrei na USP. Eu fui fazer a prova porque a Carola (Carolina Leslie), minha colega e amiga no IFUSP, me chamou para acompanhá-la e eu fui junto. Eu estava muito feliz na física, mas vi uma oportunidade de conhecer algo novo e voltado bem para o que queria, ser cientista. Acabei passando e me perguntei: por que não tentar?
  2. Como eu sempre gostei das diversas áreas das ciências, eu vi uma oportunidade única de ter uma base forte em todas as disciplinas, e liberdade para criar o curso que eu imaginava pra mim mesmo. Meu sonho sempre foi me tornar cientista para, algum dia, me tornar astronauta, e eu esperava que o CM me ajudasse a chegar mais perto dessa realização.
  3. Ainda não sou astronauta, mas quase! Graças a formação no CM eu conheci a área de astrobiologia e acabei sendo um dos primeiros doutores nesse tema no país, começando um novo campo de pesquisa. E hoje estou estudando ambientes terrestres análogos a extraterrestres, lançando balões estratosféricos, operando o maior acelerador de partículas do país em busca dos indícios de vida mais antiga do planeta... Ainda não fui ao espaço, mas pude trazer muito do espaço para o laboratório, graças ao meu background multidisciplinar.
  4. Com certeza, e não apenas pelas disciplinas que eu tive, mas, acima de tudo, pelas pessoas de diferentes áreas que conheci e com quem interagi. Com os professores fantásticos que me incentivaram a seguir meus sonhos e continuar fazendo pesquisa no país, apesar de todas as dificuldades. O CM forjou em mim um espírito de cooperação, liberdade e inquisitório que procuro manter e compartilhar com meus alunos até hoje.
  1. Quando estava para terminar o colegial, eu estava com muita dúvida do que fazer, se química ou física. No final, acabei escolhendo computação, que era outra coisa que eu gostava muito. Quando recebi a carta-convite do CM eu nem sabia que o curso existia, mas a possibilidade de cursar o básico e depois escolher foi uma oportunidade que caiu como uma luva para mim. Não pensei duas vezes e me candidatei.
  2. Eu gostei muito da ideia de o curso ser interdisciplinar, me deu a chance de seguir caminho sabendo melhor que estava fazendo as escolhas certas. Acho que as expectativas corresponderam bem com a realidade no meu caso. Eu me senti muito satisfeito com o curso e as oportunidades que me proporcionou, como cursar matérias da pós e me aprofundar no que eu gostava mais.
  3. Eu diria que as expectativas foram plenamente atingidas.
  4. Sem dúvida! Eu acho que não estaria onde estou hoje sem o curso.
    Hoje eu trabalho com otimização de performance de softwares utilizados na física de altas energias, e em pesquisa/desenvolvimento de novos softwares de simulação. É preciso saber bem tanto física como computação para trabalhar aqui, e o CM me proporcionou uma base muito melhor do que o que seria possível só com física ou computação.

    Não sei como é hoje, mas na minha época a convivência com os outros alunos no favo 22 também foi algo bastante especial, que outros cursos normalmente não têm. Foi algo que influenciou muito na minha formação.
Turma 12 • 2002
  1. Me interessei pela proposta de um curso multi e interdisciplinar e que pudesse estimular a vivência com uma turma menor e voltada para a pesquisa.
  2. Eu imaginei que iria aprender um pouco de cada ciência básica e iria poder aplicá-las depois.
  3. Sim. A parte prática acabou ficando mais restrita ao ciclo avançado, mas foi atingida também.
  4. Com certeza. Me deu uma visão mais macro da ciência e me permitiu transitar por diferentes áreas com mais facilidade.
Turma 16 • 2006
  1. Eu comecei na Química Ambiental. Minha paixão não era por química, mas por resolver problemas, e Química pareceu um instrumento útil. Mas já no primeiro semestre no IQ ficou claro que para fazer Química moderna tem que saber Física, Matemática, Computação.
  2. Eu entrei querendo ter uma base melhor para ser uma boa química. Não esperava me enturmar muito com os colegas, que imaginava serem "nerdões" com todo o foco em ciências naturais. Errei em tudo!
  3. No caminho do CM, mudei de ideia em tudo. Deixei para lá a química ao descobrir biologia molecular e percebi que meus colegas eram a melhor coisa do curso. Eu também não esperava chegar em um nível de estresse em que eu comecei a gaguejar e desmaiar! Por sorte a gagueira passou junto com o básico, e os desmaios com anti-epilépticos...
  4. Sem dúvida. Estar no CM me fez considerar bioinformática para o mestrado, que me levou a procurar uma pós na Europa, que é onde eu estou até hoje, no quarto ano de pós doutorado. Meus melhores amigos o são desde o primeiro semestre do ciclo básico.

Ciências Moleculares é para