Órgão de rato organiza odor espacialmente FREE-LANCE PARA A FOLHA Se dentro do seu nariz existisse
um painel eletrônico com pontos que acendem e apagam, cada cheiro
acenderia um grupo diferente desses
O estudo foi feito em ratos. Mostrou que moléculas de ácido acético e álcool etílico (vinagre e álcool comum) estimulam grupos de células diferentes do bulbo olfativo (grupo de células relacionadas ao olfato, próximo ao cérebro). Essas moléculas pertencem a grupos químicos diferentes. Os ácidos aumentaram a atividade celular (consumo de oxigênio) no meio do bulbo. Já os álcoois estimularam áreas laterais. Dentro de cada grupo químico, as moléculas são diferenciadas pelo tamanho. O álcool etílico, por exemplo, é formado por dois átomos de carbono. Álcoois formados por três ou mais carbonos foram testados. O estudo mostrou que, dentro de um mesmo grupo, os padrões de ativação também são diferentes para moléculas com diferentes tamanhos. Apesar disso, áreas ativadas nesse caso ficaram restritas a uma zona específica da função química. "Acreditamos ter começado a entender os mecanismos pelos quais moléculas de odor, com estruturas químicas diferentes, são sentidas de maneira diferente", afirma Naoshige Uchida, autor do estudo e pesquisador do Laboratório de Cold Spring Harbor, nos EUA. Para observar as células, os cientistas utilizaram um microscópio com câmera digital. Os sinais foram obtidos por meio das diferenças na capacidade da hemoglobina (molécula que transporta o oxigênio) de absorver luz. A hemoglobina está presente nos glóbulos vermelhos do sangue, circulando nos microvasos do bulbo. Quando a hemoglobina não está
ligada ao oxigênio, a molécula absorve mais luz do que quando
está com oxigênio. Assim, regiões com maior consumo
de oxigênio (células ativas) apresentam mais hemoglobina sem
oxigênio e maior absorção de luz. "Essas regiões
ficam negras no microscópio, permitindo a identificação
das zonas em atividade", afirma Uchida. (LGB)
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