Japoneses ligam memória a proteína FREE-LANCE PARA A FOLHA Cientistas japoneses descobriram
que a memorização aumenta a quantidade de uma proteína
responsável pelo crescimento de ramificações de
A pesquisa mostrou, em macacos, que a produção da proteína BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro) era maior após a memorização de pares de figuras. O BDNF causa mudanças nos
dendritos e axônios (ramificações dos neurônios
que permitem sua intercomunicação), alterando a intensidade
"Foi o primeiro estudo a revelar os mecanismos moleculares da memória em primatas. É possível extrapolar os resultados para humanos, já que os sistemas visuais e de memória são muito parecidos", afirma Yasushi Miyashita, chefe do departamento de fisiologia da Universidade de Tóquio, um dos autores do estudo. Como o cérebro é muito
grande em termos moleculares, os pesquisadores decidiram verificar a presença
do BDNF em áreas específicas. Eles
O grupo verificou que outras áreas próximas à 36 não apresentavam aumento de BDNF, o que confirmou a especificidade da área para processos de memória. Cérebro partido
A equipe queria fazer com que um lado memorizasse mais do que o outro, para depois comparar os níveis de BDNF no mesmo animal. Isso eliminaria a influência de diferenças genéticas e de níveis de atenção entre os macacos. Para estimular o hemisfério direito do cérebro, a equipe mostrava ao macaco uma figura inicial (pista), seguida de duas outras. Somente uma delas formava o par com a pista. Quando o macaco apontava a segunda figura corretamente, ganhava comida. Para o esquerdo, o exercício consistia em escolher entre duas figuras. Somente uma delas dava acesso à comida. Assim, as tarefas exigiam mais memória do hemisfério direito que do esquerdo. E foi justamente do lado direito que se viu a maior concentração de BDNF. Para entender como uma tarefa é
executada por um só lado do cérebro, pode-se imaginar alguém
olhando um retângulo. A metade esquerda
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