Feiras terão mais expositores em 2001
Estimulados pela perspectiva de crescimento da economia, empresários investem em mostras para conquistar clientes
LUCIANO GRÜDTNER BURATTO
FREE-LANCE PARA A FOLHA 

O reaquecimento da economia está sendo acompanhado do aumento do número de expositores de feiras previstas para este ano. A União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe) estima
que o crescimento deve chegar a 6% em 2001. É mais do que a projeção de expansão da economia, de 4,5%.

"Nossas perspectivas são boas. A quantidade de feiras é praticamente a mesma do ano passado, mas há mais expositores nos eventos", diz Sérgio Pasqualin, diretor comercial do Expo Center
Norte, um dos principais centros de exposição de São Paulo.

O setor de telecomunicações está entre os líderes da proliferação dos estandes. Em 2000, 450 expositores participaram da Telexpo, a maior em telecomunicações da América Latina. Neste ano, são esperados mais de 500.

Outro destaque é a construção civil. A Feira Internacional da Indústria da Construção (Feicon) foi ampliada para abrigar mais estandes. "Foi um dos poucos eventos com crescimento real em área de exposição", afirma Evaristo Nascimento, diretor da Alcântara Machado, que organiza a feira.

A estratégia para 2001 é a segmentação de eventos, como no caso das feiras têxteis. Três estão marcadas para março. Feimaco, Bitmex e Fenatec cobrirão os processos da produção de tecidos,
do maquinário à confecção.

Esse critério também foi adotado para a Feira Internacional da Alimentação (Fispal). Ela foi dividida em dois módulos. Um tratará de tecnologia e embalagem. Outro, de alimentos e bebidas.

"A integração das feiras potencializa a visitação de empresários, que podem fazer todo tipo de negócio na mesma semana", diz André Mozetic, vice-presidente do Brasil Rio, organizador da feira.

O setor de feiras envolve mais de 35 mil empresas e atrai 6,5 milhões de visitantes por ano. A maioria deles no Sul e Sudeste. Há 170 feiras entre Minas Gerais e o Rio Grande do Sul.

Nesses estados, estão 80% dos organizadores. Suas feiras ocupam uma área de 2,2 milhões de m2. Só São Paulo tem 220 mil m2 de espaço diário para eventos.

Micro e pequenas podem ter subsídios para participarem de feiras. O Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo) paga 40% de montagem, segurança e limpeza.

"Os microempresários só precisam saber se querem fechar negócios, promover produto ou manter a comunicação com o cliente", afirma Lilian Fusco Rodrigues, gerente de promoção do Sebrae.
 

 Back to Articles
Back to Home