Queijos e vinhos SAIBA COMO COMPRAR E FAZER A COMBINAÇÃO CERTA LUCIANO GRÜDTNER BURATTO FREE-LANCE PARA A FOLHA Preparar uma festa de queijos e vinhos
é uma atividade ao mesmo tempo prazerosa e complicada. O problema
já começa com as opções: são centenas.
Depois vem a dúvida de como combinar os
"A idéia de que vinho e queijo são pares perfeitos é mito. O queijo é um dos alimentos mais problemáticos para a combinação com o vinho", resume a especialista em enogastronomia (arte de combinar comida e vinho) Joanna Simon, autora do livro "Vinho e Comida" (Companhia das Letras), referência no assunto. A dificuldade na combinação
provém das características conflitantes entre os dois alimentos.
O queijo tem sabor forte e, em geral, é gorduroso. Além disso,
é salgado e pode ser ácido. E, em
Já os vinhos podem ficar mais amargos no contato com o sal e têm seu sabor recoberto, se não forem tão ácidos quanto o queijo. Algumas parcerias, porém, superam o problema, seja por oposição de sabores, seja por aproximação. É o caso do salgado queijo roquefort com o doce vinho Sauternes ou do ácido chèvre com o também ácido vinho Sancerre. Como essas são exceções, algumas regras gerais ajudam na escolha. Os brancos doces costumam fazer mais sucesso que os brancos secos. E os brancos secos se saem melhor que os tintos secos. Quanto aos queijos, tipos menos picantes, como emmental, gruyère e gouda, costumam agradar a gregos e troianos. Em suma, um branco doce e queijos pouco condimentados funcionam bem. "Não dá para servir um vinho para cada queijo. É preciso ser milionário", diz Fernando Sommer, 31, administrador, que trocou o bolo de aniversário pelo bolor dos queijos mais refinados na festa. Vinho nacional
Ele cita os tintos Salton Classic Cabernet Sauvignon 99, Miolo Reserva Cabernet Sauvignon 99, Dom Laurindo Tannat 99 e o espumante M. Chandon Brut Excelence. O consumo no país vem aumentando. Em 97, o brasileiro bebia 1,7 litro/ano, segundo a OIV (Office International de la Vigne et du Vin), que reúne países produtores do setor. Hoje esse consumo é estimado em 2,5 litros/ano. O brasileiro, porém, ainda bebe pouco vinho. Na Argentina, o consumo é de 39 litros/ano, e na França, de 60 litros/ano. Cestas pela web
"No começo, trabalhava só
com cestas de café da manhã. Com o tempo, os clientes começaram
a pedir outras opções. Percebi que tinha mercado para queijos
e vinhos", diz Carla Medina de
O negócio começou há
oito anos em Niterói (RJ) e migrou para a web em 99. Oliveira, que
começou sozinha, conta hoje com três funcionários e
lucra cerca de 50% em cada cesta, que custa, em média, R$ 69. Segundo
ela, com R$ 40 mil já é possível abrir um negócio
desse tipo.
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