TORTURA
PSICOLÓGICA
Doente e acidentado formam grupo de risco FREE-LANCE PARA A FOLHA Funcionários que retornam
ao trabalho após afastamento por acidente formam um grupo propenso
ao assédio. Além de perder eficiência, esses
Em algumas categorias, como
a dos bancários, a frequência desses casos é alta.
A legislação trabalhista garante que todo empregado
Ao voltar, esse funcionário
deve ser realocado em uma função que não ofereça
risco para sua saúde. É durante esse processo que ele fica
A ex-bancária Terezinha Souza, 46, após 20 anos de banco, ficou afastada por cinco para tratamento de LER. Quando voltou, os problemas começaram. "Aqui não há lugar para você", teria dito o gerente, como boas-vindas. Colegas não a cumprimentavam, e subgerentes não lhe davam serviço. "Quando me davam, eram atividades
abaixo de minhas qualificações, como carregar caixas", diz
Souza, que também é psicóloga.
Ilusão monetária
"Quando detectam o início
do problema, muitos bancos demitem o funcionário, para evitar o
afastamento e a estabilidade."
Muitos aceitam, mas, segundo pesquisa do sindicato realizada nos últimos três anos, 90% deles se arrependem. "Quando voltam, estão com a auto-estima baixa. Assim, ficam mais propensos a cair numa ilusão monetária." Segundo a Fenaban (Federação
Nacional dos Bancos), a política geral das empresas é evitar
demissões e acordos. "Procuramos recolocar o
Ele reconhece, contudo, que
é difícil encontrar uma função para esse funcionário.
"Muitas vezes eles não aceitam o novo posto, que pode ser
O medo faz com que muitos escondam
o problema. A bancária Luiza, 48, adquiriu LER ao longo de 17 anos
em um banco que, recentemente,
O objetivo, diz ela, é
renovar os quadros. "Estou sob tratamento médico e psiquiátrico.
Onde vou arrumar emprego com minha idade e com essa doença?" (LGB)
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